Essa é uma pergunta que aparece com frequência no consultório do Urologista Pediátrico, por isso o Dr. Pedro Borba Leite – Urologista Pediátrico do Instituto de Urologia Mato Grosso do Sul, convidou a Dra. Antonia Barbosa Castromédica Endocrinologista Pediátrica – para responder essa dúvida comum entre pais e mães de meninos.

Endócrino Pediátrica esclarece dúvida comum entre pais de meninos

Micropênis é como chamamos um pênis que não teve má formações porém é anormalmente pequeno para a idade ou para fase da puberdade que a criança está, definido através do uso de tabelas específicas (menor do que 2,5 cm desvios-padrão da média).

Tabela de referência para o comprimento peniano, em brasileiros, de acordo com a faixa etária. Fonte: Gabrich et al, 2007.

Para identificar essa alteração é necessário um profissional com experiência em fazer exame da genitália (pediatra, endocrinologista ou urologista) para medir o pênis de forma adequada, já que pode ser confundido com condições como pênis embutido ou excesso de gordura supra-púbica (comum nas crianças obesas).

O neonatologista também deve estar atento ao exame da genitália, pois alguns pacientes podem apresentar micropênis ao nascimento. Um recém nascido a termo (nascido com mais de 37 semanas) deve ter um pênis maior que 2,5cm de comprimento.

As causas mais comuns de micropênis são devido alterações hormonais, podendo ser secundárias a anormalidade hipofisária/hipotalâmica (hipogonadismo hipogonadotrófico) ou dos testículos (hipogonadismo hipergonadotrófico) ou até idiopáticas (sem causa definida, com eixo hipotálamo-hipófise-gonadal normal).

Dica para pediatras: como medir o tamanho do pênis

Dica para os pediatras: o uso do abaixador de língua ou similar na hora de fazer a medição facilita. O examinador deve medir do ponto aonde o pênis encontra o osso púbico (é preciso inserir o abaixador de forma a contornar a gordura da região) até a ponta da glande. Se possível expor a glande já que o prepúcio grande pode dar a falsa impressão de um pênis maior.

O tratamento varia e deve ser individualizado. Geralmente é baseado no uso de testosterona, tendo melhor resposta quando iniciado antes da puberdade.


A Dra. Antonia Barbosa Castro – CRM-MS 8711 é médica pediatra formada pelo HRMS e endocrinopediatra formada pela USP.

2 thoughts on “Será que o ‘pipi’ do meu filho é pequeno?

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